Bispo Márcio Silva |
Certo dia,
rumo a Damasco, ele teve um encontro com Jesus. "Seguindo ele
estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao
seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por
que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou
Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o
que te convém fazer" (Atos 9: 3-6).
Depois deste
encontro ele recebeu a missão de anunciar o evangelho aos gentios. Passou de um
grande perseguidor da igreja para um grande defensor da fé (Gálatas 1:23-24).
Paulo
experimentou uma grande mudança em sua vida. Muitos atribuem toda essa mudança
a aparição de Jesus. Certamente Jesus teve um papel muito importante nessa
transformação, mas não foi o único responsável.
Paulo também
teve a responsabilidade de tomar uma decisão em relação a Cristo. Ele teve que
escolher entre obedecer ou não a vontade de Deus.
Quando Jesus
lhe, ordenou: “... levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que
te convém fazer...”, Paulo escolheu obedecer. Levantou-se e
entrou na cidade. Deus continua transformando vidas e deixou tudo o
que precisamos saber registrado nas escrituras. Agora cabe a nós, assim como
Paulo, tomar uma decisão em relação a Cristo. Você está disposto a obedecer?
Paulo
introduz uma frase de um primitivo hino cristão ou obra didática, usando uma
fórmula de introdução que é a frase “Fiel
é esta palavra,” sublinhada pela adição de “e digna de toda a aceitação,” Paulo
obviamente pretende fazer uma declaração importante. A afirmação de que Cristo
Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores representa não apenas do
evangelho de Paulo, mas de todo o ensino cristão. Ela reflete as palavras do
próprio Jesus (Mc 2:17; Lc 19:10). Embora não tenhamos o texto completo do
hino para nos ajudar a interpretá-lo, a ideia que Paulo expressa é muito clara:
o evangelho é universal. Cristo não veio apenas para salvar as
"ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt 15:24); ele veio para
salvar todos os homens.
Paulo se
oferece como exemplo por excelência da obra da graça de Deus. Embora
sendo o principal dos pecadores, o exemplo máximo, Deus o
escolhera para executar um ministério em seu plano salvador. Por um ato de
misericórdia ele o escolhera. Em Romanos 2:4 e 9:22, Paulo apresenta Deus
como fonte de paciência ou longanimidade. Em outras passagens,
ele relaciona-a entre as virtudes que os crentes precisam praticar (Gl 5:22;
Ef 4:2; Cl 1:11; 3:12; II Tm 4:2). Obviamente, ele não faz distinção entre
Cristo e o Pai com respeito ao ato de salvação. Toda a sua
longanimidade reflete uma expressão idiomática paulina especial (cf.
"Todo o gozo e paz", em Rm 15:13, e "com todo o gozo",
em Fp 2:29). Cristo escolheu Paulo como exemplo, um esboço que
ajudasse outros a crerem nele e, desta forma, receberem a vida eterna. Frequentemente
Paulo se apresenta como exemplo que ajuda os outros a imitarem Cristo e exorta
os outros a se tornarem exemplos. Toda a sua narrativa aqui tem o objetivo de
nos lembrar que o nosso testemunho pessoal é ainda o melhor
testemunho do evangelho.
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