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A Verdade sobre a Salvação

Bispo Márcio Silva
A Bíblia claramente mostra que a salvação vem pela graça de Deus: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9). Obtemos o perdão dos nossos pecados “...segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós...” (Efésios 1:7-8). Infelizmente, muitos enfatizam esta verdade ao ponto de excluir a obediência do homem, negando o ensinamento do evangelho sobre a necessidade do batismo para remissão dos pecados (Atos 2:38; 22:16; 1 Pedro 3:21). Na época da Reforma Protestante, Martinho Lutero corretamente criticou a ênfase demasiada em obras de mérito, a venda de indulgências, etc. Mas ele exagerou tanto a verdade da salvação pela graça que enfrentou um problema insolúvel quando encarou a carta de Tiago, que ensina que a fé sem obras é morta e inútil. Lutero chamou esta carta uma “epístola de palha” e disse que não era da qualidade das Escrituras. Uma verdade exagerada leva ao ponto de rejeitar um livro da Bíblia!
Mas, há perigos no outro lado da mesma questão. Algumas pessoas reconhecem que o batismo é necessário para a salvação mas exageram este fato tanto que negam a necessidade dos pré-requisitos dados por Deus. Precisa ser batizado para ser salvo? Jesus disse que sim (Marcos 16:16); mas é necessário crer (Marcos 16:16) e se arrepender (Atos 2:38) antes de ser batizado. As igrejas que praticam o batismo de recém-nascidos elevam o batismo acima da fé e do arrependimento, batizando crianças ainda incapazes de tomar suas próprias decisões.
Considere mais um exemplo de exageros em relação à salvação. Paulo ensina que a graça de Deus é muito maior do que o pecado do homem: “...onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Romanos 5:20). Alguém poderia exagerar esta verdade, decidindo pecar mais e mais para receber mais graça de Deus. Paulo temia tal abuso quando perguntou: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?” E ele mesmo respondeu: “De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” (Romanos 6:1-2). Paulo não queria pregar uma verdade exagerada.
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