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Bispo Márcio Silva |
As duas vizinhas / ilustração
Havia duas
vizinhas que viviam em pé de guerra. Não podiam se encontrar na rua que era
briga na certa.
Depois de um
tempo, dona Maria descobriu o verdadeiro valor da amizade e resolveu que iria
fazer as pazes com dona Clotilde. Ao se encontrarem na rua, muito humildemente,
disse dona Maria: Minha querida Clotilde, já estamos nessa desavença há anos e
sem nenhum motivo aparente. Estou propondo para você que façamos as pazes e
vivamos como duas boas e velhas amigas.
Dona
Clotilde, na hora estranhou a atitude da velha rival, e disse que iria pensar
no caso. Pelo caminho foi matutando... Essa dona Maria não me engana, está
querendo me aprontar alguma coisa e eu não vou deixar barato. Vou mandar-lhe um
presente para ver sua reação.
Chegando em
casa, preparou uma bela cesta de presentes, cobrindo-a com um lindo papel, mas
encheu-a de esterco de vaca. "Eu adoraria ver a cara da dona Maria ao
receber esse 'maravilhoso' presente. Vamos ver se ela vai gostar dessa".
Mandou a empregada levar o presente a casa da rival, com um bilhete: "Aceito
sua proposta de paz e para selarmos nosso compromisso, envio-te esse lindo
presente".
Dona Maria
estranhou o presente, mas não se exaltou. Que ela está propondo com isso? Não
estamos fazendo as pazes? Bem, deixa pra lá. Alguns dias depois dona Clotilde
atende a porta e recebe uma linda cesta de presentes coberta com um belo papel.
É a vingança
daquela asquerosa da Maria. Que será que ela me aprontou!
Qual não foi sua surpresa ao abrir a cesta e ver
um lindo arranjo das mais belas flores que podiam existir num jardim, e um
cartão com a seguinte mensagem: "Estas flores é o que te ofereço em prova
da minha amizade. Foram cultivadas com o esterco que você me enviou e que
proporcionou excelente adubo para meu jardim. Afinal, Cada um dá o que tem em
abundância em sua vida".
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