Paulo nos diz: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Romanos 12.1). Mais à frente, ele acrescenta: "fervorosos de espírito, servindo ao Senhor" (Romanos 12.11). Deus nos deu o Seu Espírito, mas nós somos responsáveis por alimentar Sua chama por meio da adoração, durante os tempos difíceis. Assim, Paulo exorta os crentes a avivar a chama do Espírito: "E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo" (Efésios 5.18-20).
A adoração
que sai do fundo da nossa alma toca o mais íntimo do coração de Deus. O Senhor
não esperou que Israel se estabelecesse em Canaã, para só depois instituir a
adoração de Israel a Ele. Deus ateou-lhes o fogo da adoração no deserto, antes
de chegarem à Terra Prometida. Ele não podia esperar que eles aprendessem a
adorá-Lo somente depois que alcançassem sucesso e adquirissem uma identidade.
Ele teve de ensiná-los a adorar a fim de forjar a sua identidade; caso
contrário, sua adoração seria "fogo estranho", apenas uma fachada
religiosa de adoração, sem presença ou substância – sem o próprio Deus.
O caráter de
Israel tinha de ser provado pelo fogo durante o sofrimento nas terras áridas do
Sinai. Eles não poderiam acender o fogo em si mesmos apenas quando chegassem ao
destino. Tinham de sair do deserto já em chamas por Deus. Por esta razão, o
Senhor apareceu em particular a Moisés, no meio de uma sarça ardente no
deserto. Ele estava simbolizando a identidade essencial do Seu povo. Israel era
um arbusto no deserto em chamas por Deus. Deus tomou aquele arbusto enquanto
queimava com a Sua glória, e o plantou na Terra Prometida.
É a mesma
coisa conosco. Deus nos leva ao deserto para acender o fogo em nós. E, então,
Ele poderá conduzir as pessoas ao seu destino; pessoas que aprenderam a adorar
a Ele – verdadeiramente – com um coração fiel e fervoroso. Não podemos nos
tornar sacrifícios puros de amor, se aprendermos a adorar somente sob as
condições mais ideais, durante os cultos mais emocionantes, ao som da música
mais linda, e com os melhores músicos. Temos de aprender a adorar no deserto.
Se não podemos nos inflamar por Deus no deserto, então não poderemos nos colocar
em chamas por Ele em lugar nenhum. Por outro lado, se podemos adorá-Lo na
obscuridade do deserto, então Ele poderá nos usar em público. Pois então as
nossas chamas consistirão em glória incandescente, em vez de paixão carnal.
Esta é a maneira de Deus criar verdadeiros adoradores. Então, não desperdice o
seu deserto, mas transforme-o em um templo de glória.
Se você
perdeu a percepção do fogo divino em meio às duras condições do seu deserto
pessoal, então volte-se novamente para Deus. Afinal, você possui a chama de
Deus que queima dentro de você. Busque a comunhão do Espírito dentro de você e
descubra novamente o zelo d’Ele para glorificar a Jesus e adorar ao Pai. A
despeito de suas circunstâncias e sentimentos, abra o seu coração e permita que
a adoração flua de sua boca. Lembre-se de Sua maravilhosa graça, de Sua
misericórdia e do dom de Jesus dado a você. Dê graças de todo o coração. Adore
com a sua alma. Não porque esteja sentindo, mas porque o Senhor é digno –
principalmente no deserto. Quando você se colocar no altar desta maneira, as
chamas de Deus vão te consumir como um sacrifício vivo. E o fogo resultante irá
proteger o seu coração, alimentar a sua alma, e iluminar a sua noite. Consuma o
seu deserto com as labaredas da adoração!
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