Bispo Márcio Silva |
"Rasgai
o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso
Deus..." (Joel
2:13).
Naquela
época, a prática de rasgar vestes demonstrava angústia extrema, às vezes
frustração, tristeza ou desespero, e outras vezes o arrependimento. Mas, da
mesma forma que o arrependimento hoje pode ser superficial e dito apenas
"da boca para fora", Deus viu pessoas rasgando suas roupas para
demonstrar um falso arrependimento. Ele queria mais. Ele exigia mais.
O remorso e
declarações de arrependimento podem refletir atitudes inaceitáveis diante de
Deus. Quando alguém "se arrepende" somente porque foi flagrado, ou
por medo de perder algo ou alguém, as palavras de arrependimento podem ser
insuficientes. É fácil prometer mudanças. Difícil é cumprir tais promessas.
Paulo falou
das diferentes motivações da nossa tristeza: "Porque a tristeza
segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar;
mas a tristeza do mundo produz morte" (2 Coríntios 7:10). Se
a nossa tristeza em relação à culpa do pecado não passa de interesses egoístas
e medo de perder, continuamos caminhando para a morte. Precisamos compreender
que o nosso pecado é afronta a Deus, e demonstrar a verdadeira tristeza por
termos ofendido o nosso Criador e Salvador.
João Batista
percebeu o mesmo egoísmo em alguns dos seus ouvintes e disse: "Raça
de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos
dignos de arrependimento" (Mateus 3:7-8).
Qualquer um
que deseja servir a Deus precisa rasgar o coração e produzir os frutos do
arrependimento. Somente assim Deus verá a sinceridade da nossa tristeza.
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